Estudantes da Universidade que fica em Nova York não dispersaram os acampamentos após o fim do prazo dado pela direção da faculdade na segunda-feira (29). Manifestantes pró-Palestina invadem prédio ca Universidade de Columbia após ultimato.
Alex Kent/Getty Images/AFP
Após ignorarem um ultimato da direção para desmontar acampamento, manifestantes pró-Palestina quebraram janelas e invadiram um prédio da Universidade Columbia, em Nova York, na madrugada desta terça-feira (30).
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A invasão ocorreu pouco depois de a universidade começar a suspender estudantes que desafiaram o prazo e permaneceram no campus. O grupo é parte de uma onda de manifestações a favor da Palestina que tomou grandes universidades dos Estados Unidos nos últimos dias.
Nesta terça, autoridades dos EUA disseram que mais de 1.000 pessoas já foram presas durante os protestos — que também pedem boicote a acordos comerciais com Israel como retaliação aos bombardeios em Gaza.
Os manifestantes entraram no prédio acadêmico de Hamilton Hall, quebrando janelas e portas. Imagens registradas pela imprensa no local mostram os invasores transportando cadeiras pelas escadas do prédio histórico (veja foto acima).
Até a última atualização desta reportagem, o grupo seguida dentro do prédio.
Manifestantes entram em prédio da Universidade de Columbia, em Nova York.
Reuters
Nesta segunda-feira (29), terminou o prado dado pela direção da faculdade para que o grupo deixasse o acampamento. Em uma espécie de "ultimato" aos estudantes, a direção de Columbia ameaçou suspender imediatamente quem não dispersasse as manifestações, que iniciaram no dia 18 de abril na universidade e se espalharam para outras faculdades nos Estados Unidos.
No final de semana, o número total de detidos nos protestos em todos os EUA chegou a 700.
Um representante da Universidade de Columbia disse na noite desta segunda que a instituição começou a suspender os alunos que desafiaram o prazo do "ultimato" da direção. Ben Chang, vice-presidente do escritório de assuntos públicos, não disse quantas pessoas seriam suspensas, mas afirmou que esses alunos não poderiam frequentar aulas ou se graduar.
Manifestantes pró-palestina na Universidade de Columbia.
Alex Kent/Getty Images via AFP
SANDRA COHEN: Como os protestos nas universidades americanas representam um risco para reeleição de Biden
Os manifestantes pró-Palestina em Columbia prometeram manter seu acampamento no campus de Manhattan até que a universidade atenda a três demandas: desinvestimento em Israel, transparência nas finanças da faculdade e anistia para estudantes e professores punidos por sua participação nos protestos.
Estudantes pró-Palestina entram em prédio da Universidade de Columbia