Apesar da declaração otimista, Haley conseguiu cravar apenas uma vitória contra Trump nas primárias desta terça-feira (5). Nos bastidores, série de derrotas impactou campanha. Nikki Haley após perder primárias presidenciais republicanas na Carolina do Sul, em Charleston
REUTERS/Evelyn Hockstein
A campanha de Nikki Haley afirmou que está "honrada" com o apoio dos norte-americanos durante a Superterça para as primárias das eleições dos Estados Unidos, nesta terça-feira (5). Apesar do otimismo na declaração, nos bastidores a campanha sofre pressão para desistência.
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Até a última atualização desta reportagem, Haley havia vencido Donald Trump em apenas um dos 15 estados onde foram realizadas primárias republicanas nesta terça-feira.
Após os resultados da Superterça, a candidata não fez nenhuma aparição pública. Em vez disso, a porta-voz da campanha, Olivia Perez-Cubas, leu um comunicado.
"Hoje vimos que permanece nos estados um grande bloco de eleitores republicanos expressando profundas preocupações sobre Donald Trump. Isso não é a unidade que nosso partido precisa para o sucesso", disse a porta-voz Olivia Perez-Cubas.
Ex-embaixadora dos Estados Unidos na ONU e ex-governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley é a única candidata que continua na disputa contra Trump para ser o nome do Partido Republicano à Casa Branca.
No entanto, no placar geral de delegados republicanos, Haley aparece muito atrás de Trump e coleciona uma série de derrotas nas primárias estaduais.
Com poucos delegados conquistados e desempenhos fracos contra Trump, a ex-governadora deve enfrentar um aumento nas pressões para que suspenda a própria campanha nos próximos dias, segundo a Associated Press.
Além disso, Donald Trump está muito próximo de conseguir todos os 1.215 delegados necessários para ser oficialmente nomeado como candidato republicano à Casa Branca, dificultando uma virada de última hora.
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Previsível
Os resultados das primárias antes da Superterça já apontavam um favoritismo fora da curva de Trump e de Biden, diferentemente de outras Superterças com disputas acirradas.
A votação da Superterça já foi decisiva, por exemplo, para o ex-presidente Barack Obama na disputa com Hillary Clinton, em 2008, e para Donald Trump na corrida pré-eleitoral, em 2016. Os dois acabaram vencendo as eleições nesses anos. Foi acirrada também em 2012, entre os republicanos, e em 2020, para os democratas.
O analista político Sam Logan, fundador da consultoria de Washington Southern Pulse, projetou ao g1 que a Superterça deste ano seria a menos importante das duas últimas décadas.
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